Como escolho a melhor opção e como é que ela me beneficia em termos de poupança e sustentabilidade? Estas são algumas das questões que pode colocar a si próprio se quiser utilizar energias renováveis em sua casa.
A sua casa, um factor importante
A verdade é que não há uma resposta única, mas depende de uma série de variáveis relacionadas com o estado da sua casa, incluindo as seguintes:
Por exemplo, em casas mal isoladas com bombas de calor com mais de 15 anos de idade, pode procurar outra solução, como ar quente. Para além do conforto, pode poupar muito na sua conta de electricidade se instalar aquecimento/arrefecimento por chão radiante.
Como é que a energia chega hoje à sua casa?
Primeiro, pergunte-se: que energia está a consumir em casa? Como chegou lá? Pode ser calor na cozinha ou aquecimento, ou pode ser sob a forma de electricidade para iluminação ou gerar trabalho (tais como máquinas de lavar roupa em funcionamento, máquinas de lavar louça, etc.).
Comecemos pela electricidade, pois é a forma mais comum de energia nos lares portugueses. A electricidade chega-nos principalmente através da rede de distribuição, e as empresas distribuidoras são as responsáveis por esta distribuição de energia.
Se se considerar um consumidor consciente, então, como utilizador final, pode escolher contratar com quem quiser e qualquer tipo de energia que quiser. Por exemplo, pode escolher a energia produzida apenas a partir de fontes renováveis.
No que diz respeito ao aquecimento, vamos concentrar-nos na sua produção para garantir o conforto do lar.
A verdade é que aquecer a sua casa com electricidade é bastante ineficiente, pelo que é ideal aquecer onde é necessário, tal como com uma "panela de biomassa", que é também um combustível de base biológica.
Há uma multiplicidade de soluções para gerar calor em casa que são também adequadas para todos os tipos de habitação (apartamentos - bairros) e habitações unifamiliares.
O mais comum é através da produção de energia solar ou fotovoltaica, que é depois convertida em energia eléctrica para uma utilização mais eficiente de diferentes recursos.
Energias renováveis
Estas são as principais fontes de energia renováveis no mercado:
A energia aerotérmica funciona através da troca de temperatura com o ar. É utilizado para proporcionar conforto a uma casa, produzindo água quente ou fria, que aquece a casa no Inverno e a arrefece no Inverno, conhecido como aquecimento por chão radiante. Também pode ser utilizado para armazenar água quente doméstica.
O princípio é semelhante ao anterior, mas neste caso a troca é com o solo, visto que a uma profundidade de 10 metros a temperatura é constante a 10ºC.
Aqui há uma troca de temperatura com o sol, e os painéis não fotovoltaicos são utilizados para armazenar o calor solar e normalmente produzem água quente com uma temperatura média de saída de 40ºC. Devido às condições climáticas, poderá não conseguir manter esta temperatura de saída e necessitará de uma fonte de alimentação adicional, especialmente no Inverno.
Contudo, na primeira, a gestão da água quente para várias utilizações deve ser acordada com os vizinhos: as contribuições eléctricas dos vizinhos não serão iguais, uma vez que não podem ser partilhadas equitativamente.
Encontre a mistura de energia perfeita
Este tipo de energia necessita frequentemente de ser suplementado com outras fontes de energia (geralmente electricidade) para atingir a temperatura desejada, mas esta é sempre mais eficiente do que simplesmente utilizar a electricidade da rede.
Não há dúvida de que para ter uma casa eficiente é necessário utilizar diferentes tipos de energia, um bom mix energético.
De que depende o cabaz energético que devo ter em minha casa?
A localização e isolamento são muito importantes, mas também é importante saber de onde vem a energia e o que quero fazer com ela.
O melhor a fazer é analisá-la com a ajuda de peritos, consultores energéticos que não só avaliarão a casa, mas também para que será utilizada e sugerirão as opções mais adequadas para a sua casa e família.
Não se esqueça também que ter uma casa eficiente depende não só da produção, mas também do nosso consumo, e é aqui que os hábitos e a consciência dos ocupantes entram em jogo. Para que as pessoas mudem os seus hábitos, precisam de saber como consomem energia, quando e onde, e ser capazes de ajustar a sua agenda de tarefas ao tempo mais adequado para o consumo de energia, em vez de terem tudo feito no espaço de uma hora. A monitorização do consumo é a melhor forma de melhorar o consumo.